terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sódio nas alturas...!!!

Repasso na íntegra a matéria do portal BONDENEWS sobre o excesso de sódio nos alimentos industrializados.

Fonte: Getty Images
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) constatou teores elevados de sódio em vários alimentos industrializados encontrados nas prateleiras dos supermercados. Dos mais de 20 tipos de produtos analisados, o macarrão instantâneo apresentou a maior quantidade de sódio.

De acordo com o levantamento, algumas marcas têm mais que o dobro de sódio do que o limite recomendável para consumo diário. A ingestão do elemento químico em altas concentrações contribui para o surgimento de doenças cardíacas e renais, obesidade, hipertensão e diabetes. 

A pesquisa revela que os refrigerantes de baixa caloria (light e diet) à base de cola e guaraná têm maior concentração de sódio em comparação com os convencionais. 

O estudo constatou ainda diferenças na quantidade de sódio de uma marca para outra. No caso da batata-palha, algumas marcas apresentaram até 14 vezes mais sódio do que o recomendável. Para a diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito, a variação mostra que as empresas podem produzir alimentos com menos sódio e recomenda ao consumidor que observe o rótulo das embalagens. 

"A população deve saber que existem alimentos semelhantes, porém menos saudáveis. A Vigilância Sanitária não pode dizer que recomenda este ou aquele produto. Seria insano lançarmos uma proibição [desses alimentos] neste momento, porque é preciso desenvolvimento técnico [das empresas para adptar a produção]", disse a diretora. 

O estudo avaliou também a quantidade de açúcar, ferro e gorduras trans e saturadas nos alimentos. Os sucos de polpa de fruta apresentaram menos açúcar que os néctares (bebidas com menor concentração de polpa). No caso dos néctares, o de uva foi o que apresentou o maior nível de açúcar. 

Na avaliação da gordura saturada, 55% das marcas de batata-palha ultrapassaram o valor médio. Os biscoitos de polvilho lideram o índice de gorduras saturadas e trans. 

Os resultados apontaram ainda que 87% das farinhas, dos fubás e dos flocos de milho têm menos ferro e ácido fólico que o exigido em lei. 

Ainda este mês, representantes do Ministério da Saúde, da Anvisa e da indústria alimentícia devem se reunir para traçar metas de redução desses nutrientes nos produtos industrializados.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Cultivando Hábitos Saudáveis

Fonte: Internet
Muitas pessoas me questionam o que devemos comer no dia a dia, quais seriam os alimentos certos, a quantidade recomendada, a hora correta e etc. Algumas querem melhorar a saúde, outras ter mais disposição... mais a grande maioria quer emagrecer, perder aquela gordurinha que tanto incomoda ou aquele pneuzinho que só ela enxerga. E digo ela porque somos as mais insatisfeitas nesse quesito. Não que alguns homens não precisem perder peso tanto quanto nós, mais é que eles demoram mais para assumir ou nunca assumem. Lógico que sempre existe as exceções.
Mais voltamos a alimentação saudável. O que eu sempre tento explicar é que não existe uma regra, um alimento que seja perfeito ou um cardápio ideal para esse ou aquele objetivo. Explico: cada pessoa é única e sendo assim possui necessidades que são exclusivas dela. Cada organismo funciona de uma maneira, com seus pontos fortes e seus pontos fracos. O que para uns é um santo remédio para outros pode ser um amargo veneno!! Além disso, outras características devem ser levadas em conta na hora de elaborar um plano alimentar ou fornecer recomendações, por exemplo: as preferências e aversões alimentares, rotina, recurso financeiro, disponibilidade de tempo, sinais e sintomas que a pessoa apresenta entre muitas outras coisas. Claro que existem algumas dicas que são fundamentais para quem deseja melhorar a saúde e manter hábitos saudáveis, aqui vão elas:
  • Procure ver os alimentos pelo seu conteúdo de nutrientes, de compostos bioativos e funcionais - antes de observar o valor calórico - pois são eles (os nutrientes) que farão o organismo funcionar corretamente.
  • Evite aqueles produtos alimentícios “vazios” que não fornecem nada além de calorias, sal, açúcar, farinha branca, gorduras trans, corantes, conservantes, etc. Esse tipo de produtos geralmente são aqueles industrializados. Além de não fornecerem nutrientes para o organismo ainda possuem substancias que “roubam” os nutrientes do nosso corpo e intoxicam o organismo.
  • Consuma mais alimentos vivos, ou seja, frutas e verduras cruas ou brotos germinados. São fontes repletas de enzimas, vitaminas ativas, sais minerais, proteínas e outros micronutrientes. Os nutrientes se degradam e as enzimas se perdem quando cozinhamos os alimentos, desaparecendo muitas propriedades saudáveis.
  • Beba muita água e chás. Nosso corpo é formado em média por 60% de água. Uma redução mínima nessa quantidade já é capaz de desregular as funções orgânicas. Os chás além de hidratar ainda possuem propriedades terapêuticas de tratar o corpo e a alma, contribuindo para melhorar a saúde.
  • Cultive bons hábitos. Saiba desfrutar dos momentos bons da vida. Culpe-se menos e aproveite mais. Algumas pessoas fazem do alimento o seu momento único de felicidade e esquecem da vida lá fora.  
  • Tudo é permitido. Porém moderação é a palavra de ordem. Não se sinta culpada porque não resistiu à sobremesa do final de semana, aproveite, permita-se sair da rotina de vez em quando. O mais importante é aprender a respeitar os limites do corpo e saber retomar os bons hábitos.
Boa semana!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sorvete de Chocolate - Esse pode!

Transcrevo para vocês a receita de um sorvete de chocolate super cremoso feito com um ingrediente maravilhoso: o abacate! 


Sempre uma fruta banida dos cardápios pelo seu alto teor calórico e de gordura, o abacate hoje é tido como mocinho. Fonte de gordura monoinsaturada, auxilia na redução do LDL colesterol - mau - protegendo contra doenças cardiovasculares e outros males modernos. Contém ainda beta-sitosterol que tem importante efeito na perda de peso e obesidade.


Vamos a receita retirada daqui com algumas adaptações:


Sorvete de Chocolate Super Cremoso:

- 8 tâmaras sem caroço deixadas de molho em 1/4 de xícara de água;

- 2 abacates médios maduros;

- 1/2 xícara de nectar de agave ou melado;

- 200 ml de leite de coco;

- 5 colheres das de sopa de cacau em pó;

- 2 colheres das de chá de extrato de baunilha.


Modo de fazer:

Bata as tâmaras com a água no liquidificador. Adicione os outros ingredientes e bata até obter um creme uniforme. Transfira este creme para a sorveteira e bata por meia hora. Querendo um sorvete mais consistente, leve ao freezer por mais 3 horas.  

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Temperança: em tudo!

Reproduzo um texto delicioso da jornalista e escritora voltada para a promoção da saúde, Sônia Hirsch do Deixa Sair. Fica a dica de reflexão para aqueles que não conseguem se livrar dos excessos e seguir a dieta. 

"Ando sempre às voltas com a idéia de temperança, palavrinha simpática que tem a mesma raiz de tempero, sem o qual a vida fica muito sem graça. Mas também não pode ter demais. Deu para sentir a delicadeza da questão? O bacalhau vem salgado, põe-se de molho para tirar o sal, depois se acrescenta um pouco de sal de novo, ele fica ótimo, e essa é a arte de temperar.

Temperam-se também coisas incomíveis, como o aço, liga de ferro e carbono que vai ao fogo até ficar candente e depois é mergulhada em água fria para ganhar sua famosa têmpera. Idem com o vidro temperado, duro e difícil de quebrar. Do clima se diz que é temperado quando há nitidez na diferença entre as estações do ano.A música que mais ouvimos é produzida no sistema temperado, em que a escala musical tem intervalos bem determinados. E de uma pessoa que dá chiliques por qualquer coisa se diz que é destemperada, ou tem mau temperamento.

Mas meu caso é mesmo com a comida, essa experiência diária de prazer e satisfação que também precisa de tempero, não o dos vidrinhos, mas o da consciência. Por exemplo, para comer só a quantidade adequada à necessidade do momento.

Comer demais é uma das maiores burrices da vida, além de ser também um desperdício: sobrecarrega a digestão, entorpece a mente, engorda, prende o intestino, vira doença. Às vezes é vício – nem existe propriamente fome, mas uma enorme, imensa, incontrolável vontade de comer. Às vezes é apenas desejo de viver coisas gostosas, como a sensação do chocolate derretendo na boca ou o croc croc das batatas fritas, uma após a outra, até o pacote acabar. E a indústria de alimentos, ou antialimentos, não tem dó: junta o chocolate com um recheio crocante que só começa a satisfazer depois de se comer vários pedacinhos – cinco, seis, dez – e por que não a caixinha toda?

Com bebidas o excesso também é fácil. Mesmo sem desejo, nos restaurantes há um comportamento automático de pedir algo para acompanhar a pobre e solitária comida, algo geralmente com gás, sabor e/ou álcool. Todos os médicos, nutricionistas e pessoas de bom senso sabem que isso não convém, atrapalha o suco gástrico, dificulta a digestão, mas o garçom chega sorridente perguntando o que se vai pedir para beber e a resposta quase nunca é Nada. E se é, ele devolve a pergunta muito espantado: Nadinha?!

Em busca de iluminação no assunto, leio o capítulo sobre temperança no Pequeno Tratado das Grandes Virtudes, do filósofo contemporâneo André Comte-Sponville (ed. Martins Fontes). Começa bem, dizendo que não se trata de não desfrutar, nem de desfrutar o menos possível, já que isso não seria virtude, mas tristeza; não temperança, mas ascetismo; não moderação, mas impotência. Trata-se de desfrutar melhor.  “A temperança, que é a moderação nos desejos sensuais, é também a garantia de um desfrutar mais puro ou mais pleno. É um gosto esclarecido, dominado, cultivado”. Em vez de escravos, passamos a ser senhores de nossos prazeres, diz ele. E quem desfruta com liberdade também desfruta da própria liberdade, ao passo que o intemperante é prisioneiro de seus desejos ou hábitos, de sua força ou sua fraqueza.

Cita um grande pensador do século 17, Baruch Spinoza, para quem é próprio dos sábios usar as coisas da natureza e ter nisso o maior prazer possível, mas sem chegar ao fastio, o que não é mais ter prazer. E coloca a temperança como um meio para a independência, assim como esta é um meio para a felicidade: “Ser temperante é poder contentar-se com pouco. Mas não é o pouco que importa: é o poder, e é o contentamento”.

Aprendo que não é o corpo que é insaciável. A falta de limites do desejo é que nos condena à insatisfação, à falta, à infelicidade, como uma doença da imaginação. Se tivermos sonhos maiores que a barriga, vamos censurá-la pela sua pequenez, diz Sponville. Em vez disso, os sábios estabelecem limites. Minha mãe, que era sábia, dizia: Do bom, pouco.

Fica então a proposta na minha cabeça: unir dieta e liberdade, bons hábitos e grandes prazeres, o útil e o agradável. E que os santos comilões e beberrões me ajudem."

Do livro Paixão emagrece, amor engorda.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Entendendo o que é a Nutrição Funcional..

Para entendermos o que é a chamada Nutrição Funcional e em que ela se diferencia da Nutrição tradicional, temos de lembrar um pouco dos ensinamentos das aulas de Biologia sobre o funcionamento das células.

Aprendemos que somos formados por trilhões de células que formam os tecidos que, por sua vez, formam os órgãos, que, finalmente, compõem os aparelhos e sistemas do organismo humano. Cada célula do nosso corpo é uma unidade viva que depende, para o seu funcionamento pleno, de determinados nutrientes, em doses que variam de pessoa para pessoa, dependendo de suas características genéticas.
                           
Mas onde queremos chegar? Explico: a Nutrição Funcional aplica a ciência dos nutrientes que procura manter ou restabelecer o equilíbrio e o bem estar do organismo de cada pessoa a partir do diagnóstico de como anda a relação entre as suas células e os nutrientes.

Em vez de se limitar à prescrição de dietas de alimentos tidos como saudáveis (porque o que é saudável para uma pessoa pode causar doença em outra), a Nutrição Funcional rastreia os sintomas, sinais e características de cada paciente e os relaciona a situações de carência ou excesso de determinados nutrientes.

Tudo isso é feito com base em ferramentas e estratégias específicas e muito atuais. Num breve futuro, até mesmo exames de “mapeamento genético” poderão ser incorporados. Se descobrirmos, por exemplo, que o paciente possui um conjunto de genes relacionados a uma maior propensão ao câncer, poderemos procurar diminuir o risco de desenvolver a doença com intervenções nutricionais específicas.

Diferentemente da Nutrição clássica, os nutricionistas do século XXI defendem um rastreamento bioquímico e metabólico de cada pessoa para saber quais são os alimentos que funcionam para ela ou que podem, por exemplo, estar provocando ou vir a provocar doenças. Dietas generalizadas e contagem de calorias não fazem mais sentido. Da mesma forma, questionários alimentares acrescidos de exame de sangue não são mais suficientes.

Para definir a melhor dieta para um paciente, é necessário conhecê-lo individual e profundamente. Podemos observar detalhes como, por exemplo, o aspecto das unhas, que indica deficiências ou excesso de nutrientes. Ou utilizar outros instrumentos que avaliam centenas de indícios de desequilíbrios nutricionais.

A Nutrição Funcional baseia-se em conceitos como o “equilíbrio nutricional e a biodisponibilidade dos alimentos”, ou seja, alimentos e nutrientes que precisam de outros para agir no organismo de maneira positiva ou que, ao contrário, são anulados quando outros estão presentes.

O organismo de cada pessoa é um ecossistema que precisa estar equilibrado, e isso ocorre de acordo com a atuação dos nutrientes em cada uma das trilhões de células. Estudos mostram como a “inflamação celular”, causada por uma reação desarmônica aos nutrientes, estaria na origem de várias doenças, dentre elas a obesidade e o diabetes.

Problema que atinge um número significativo de brasileiros, a obesidade é uma “doença inflamatória” que deve ser tratada não pela contagem de calorias ou de açúcares consumidos, mas pela escolha dos alimentos de acordo com as características individuais. Detalhe: as toxinas ambientais também deixam as pessoas mais predispostas à obesidade e a outras desordens metabólicas. Uma dieta “antioxidante” individualizada pode ser bastante útil para combatê-las e ajudar na perda e no controle de peso.

Trabalhos científicos comprovam que a ocorrência das doenças crônicas da vida moderna está relacionada a uma combinação de dieta inadequada, suscetibilidade genética e exposição a agentes e poluentes ambientais. Da mesma forma, outros problemas “menos graves”, como o cansaço e a sensação de falta de energia, resultam do “estresse oxidativo”, também relacionado ao desequilíbrio nutricional.

Os desequilíbrios nutricionais geram sobrecarga no sistema imunológico e desencadeiam “processos alérgicos” tardios, que acabam por provocar doenças crônicas como a obesidade, depressão, fibromialgia, artrite reumatóide, síndrome do pânico, osteoporose, diabetes, distúrbios de comportamento e hiperatividade infantil, entre outras.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças crônicas não transmissíveis já são responsáveis por 72% das mortes ocorridas no Brasil, sendo que, no mundo, esse valor corresponde a 60%. A OMS acredita que 80% de problemas prematuros do coração, AVC e Diabetes tipo II e 40% dos casos de câncer poderiam ser evitados se corrigíssemos nossos hábitos alimentares, reduzíssemos o uso de tabaco e adotássemos uma atividade física regular.

Hoje, os nutricionistas funcionais se envolvem no tratamento de diversos distúrbios metabólicos e neuropsiquiátricos. Além disso, atuam na área esportiva (vários atletas da delegação olímpica brasileira adotam a Nutrição Funcional), em clubes de futebol (São Paulo), em academias (Companhia Athlética), em hospitais (Hospital das Clínicas, Hospital Sírio Libanês e Hospital Pró-Cardíaco), em empresas (Roche), em escolas, em clínicas e em programas de orientação a gestantes.

Apesar de recente no Brasil, a Nutrição Funcional conta com o respaldo científico de diversos estudos realizados principalmente na Europa e nos EUA, onde, aliás, já existe um instituto dedicado à especialidade: o The Institute For Functional Medicine.

Fonte: Valéria Paschoal - Diretora da VP Consultoria Nutricional

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Apresentando a nutri...!!

Olá!
Meu nome é Gabriela Pimentel Rodrigues, sou nutricionista atuante na grande Florianópolis, Santa Catarina, onde trabalho com base nos preceitos da Nutrição Funcional. Atualmente atendo como Personal Nutrition Funcional, que é a união da Nutrição Funcional e Personal Diet, onde é desenvolvido um trabalho personalizado através do diagnóstico dos hábitos alimentares, com a coleta de informações clínicas e físicas dos clientes, elaboração de cardápios conciliando as preferências com as necessidades individuais de cada indivíduo.  
Este blog foi criado como uma ferramenta para oferecer informações a respeito do papel da Nutrição Funcional no equilíbrio do organismo e esclarecer dúvidas sobre assuntos que envolvam a nutrição saudável, em busca de qualidade de vida e saúde.
Fiquem à vontade para postar comentários, dúvidas e perguntas que serão respondidas sempre que possível.